sábado, 5 de março de 2011

III Seminário Maria da Penha da Monlevadense

Momento em que fiz a abertura dos trabalhos



No dia 03 de março de 2011, às 14:00h, na casa do Bem Viver, situada na Rua Nova York, bairro Novo Cruzeiro, nesta cidade, realizou-se o III Seminário Maria da Penha da Mulher Monlevadense, em parceria com a Câmara Municipal e a Prefeitura Municipal, além de apoio da Secretaria Municipal de Trabalho Social.
Eu fui a coordenadora dos trabalhos como advogada, integrante do Lions Clube de João Monlevade Sobral, além de ser uma apaixonada defensora dos Direitos Humanos. As demais palestrantes foram a Dra. Joyce Carlos da Motta Figueira, Delegada de Mulheres e a Dra. Vanessa Vieira, representante da OAB/MG, Subseção de João Monlevade.
Dei início aos trabalhos explanando sobre os aspectos gerais da Lei Maria

Eu iniciando os trabalhos
da Penha, a Lei 11.240,06, informando primeiramente a origem do nome da lei, explicando às mulheres presentes quem é Maria da Penha Fernandes, que se tornou o símbolo da luta pelos direitos das mulheres. Logo após tracei um paralelo sobre a situação da mulher vítima de violência antes e depois da Lei Maria da Penha, ressaltando os benefícios trazidos pelo referido dispositivo legal.
A Dra. Joyce falou sobre o histórico dos direitos femininos e informou às presentes sobre as etapas do atendimento feito pela Autoridade Policial dentro da Lei Maria da Penha, focando nos avanços trazidos pelo dispositivo no quesito celeridade e eficiência. Ao final, a Delegada mostrou um vídeo onde uma mulher vítima de violência dizia “que não voltaria para o homem porque ela era linda e merecia coisa melhor”. Apesar de arrancar risos nas presentes, o vídeo deixou bem claro que o importante é a mulher se gostar e se cuidar em primeiro lugar.

O público compareceu em massa e foi muito participativo
A Dra. Vanessa abordou os procedimentos legais conforme a Lei Maria da Penha, explicando, especificamente, o que acontece quando o processo sai da Delegacia e chega ao Fórum, ressaltando todas as fases, desde a intervenção do Ministério Público em Defesa da mulher, até o momento da audiência, quando a mulher tem o direito, garantido por lei, de comparecer acompanhada de um advogado, podendo pagar, ou não.

Mesa dos trabalhos: Dra. Joyce, Cássia, Vereadora Dulcinéia, Dra, Vanessa eMª Aparecida, Cons. da Mulher
A representante da Prefeitura, Rita de Cássia, foi enfática em sua fala, ao dizer que mais importante do que entregar flores e presentes no dia Internacional da Mulher é repassar informações como aquelas do seminário e que as mulheres, cientes de seus direitos, não devem se calar diante dos abusos sofridos.
A vereadora Dulcinéia encerrou o evento dizendo que denunciar a violência pode ser um ato de amor, pois, ao impor limites ao parceiro a mulher pode deixar claro que o ama, mas, que ele não pode fazer dela o que quiser. A vereadora, por fim, enfatizou a auto estima, dizendo que é extremamente importante a mulher gostar de si mesma para que, depois, alguém goste dela.

Vereadora Dulcinéia encerrando as palestras
As mulheres da comunidade compareceram em peso e foram bastante participativas, mostrando-se interessadas em conhecer seus direitos e saber como exercê-los. O evento foi positivo e surgiu a idéia de que daqui em diante passe a acontecer em bairros, para que ocorra maior participação, como foi o caso deste.

A Enfermeira do PSF, Ana Paula, fazendo sua considerações
Ao final, nós, palestrante fomos surpreendidas com uma homenagem dos alunos do Pro Jovem, que nos ofereceram presentes feitos nas aulas ministradas nos projetos do Bem Viver, e, para quem já acompanha meu blog, sabe o que isso significou, pois, há onze anos eu era professora exatamente ali naquela casa onde emanava amor ao próximo e muita, mas, muita alegria de viver.
Eu, emocionada com o presente que ganhei da comunidade que mora no meu coração

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