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Elegância e pressa não combinam |
Não se trata daquele
velho sucesso do Skank, mas, de mais uma das minhas aventuras estabanadas por
aí.
A pessoa aqui gostava
de trabalhar sempre elegante, de salto alto, pra fazer bonito na Delegacia. Só
que tinha que ir correndo pra casa tomar banho, comer alguma coisa e ir para a
faculdade. Contando com uma hora e vinte minutos pra fazer tudo isso e estar no
ponto de ônibus de novo.
Mas, voltando à
elegância desta que vos escreve, era impecável, e, neste dia, estava com uma
calça azul royal, blusa de gola alta preta e sapatos de saltos altíssimos
pretos, além da bolsa, é claro. Consegui uma carona rapidamente até o centro da
cidade e vim pela rua que leva ao meu bairro andando à passos rápidos também.
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Espatifei no meio da rua |
O problema é que
naquela época eu ainda não tinha noção do meu alto grau de “estabanagem”
(inventei uma palavra?) e andava olhando para frente ou para o alto. Quando eu
estava justamente em frente a um barzinho, cheio para meu azar, próximo a uma
escola, que estava em horário de saída, piso em falso no meio fio e me
estabaquei no chão.
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Estabanada pra mim é pouco |
Pra não torcer o pé,
coisa que já havia acontecido várias vezes, eu me deixei levar pelo tombo e
mergulhei mesmo, caindo esticada no asfalto. Agora imaginem essa figura de
quase 1,80m esticada no meio da rua, em frente a um barzinho e na hora da saída
da escola? As risadas eram altas, sem disfarce nenhum, seja dos frequentadores
do barzinho ou dos alunos da escola.
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A princípio, fiquei no chão |
Aí, quando achei que
as coisas não podiam piorar, escuto uma voz de adolescente falando: “_Aí não é
piscina ‘tia’, presta atenção!”. Putz, as risadas só aumentaram e minha
vergonha também. Aí pensei: “vou ficar deitada e fingir que me machuquei, pra
ver se o pessoal para de rir”. Que nada, as risadas só aumentavam, aí eu dei
uma olhadinha de lado pro relógio e vi que já tinha perdido dez minutos do meu
precioso tempo.
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Tive que levantar e bater a poeira |
Não me fiz de rogada,
levantei rapidamente, bati a poeira, catei a bolsa e os óculos escuros, que
foram parar longe, e continuei meu caminho até em casa. Só me lembrava do
ortopedista me “alugando” uma vez, dizendo que não tinha como uma pessoa do meu
tamanho parar em pé calçando 37.
Mas não pensem que
foi desta vez que eu aprendi a andar olhando pro chão, aguardem “Salto no
asfalto II”.
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Meus tombos sempre são apoteóticos |
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