quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Salto no asfalto

Elegância e pressa não combinam
Não se trata daquele velho sucesso do Skank, mas, de mais uma das minhas aventuras estabanadas por aí.
A pessoa aqui gostava de trabalhar sempre elegante, de salto alto, pra fazer bonito na Delegacia. Só que tinha que ir correndo pra casa tomar banho, comer alguma coisa e ir para a faculdade. Contando com uma hora e vinte minutos pra fazer tudo isso e estar no ponto de ônibus de novo.
Mas, voltando à elegância desta que vos escreve, era impecável, e, neste dia, estava com uma calça azul royal, blusa de gola alta preta e sapatos de saltos altíssimos pretos, além da bolsa, é claro. Consegui uma carona rapidamente até o centro da cidade e vim pela rua que leva ao meu bairro andando à passos rápidos também.
Espatifei no meio da rua
O problema é que naquela época eu ainda não tinha noção do meu alto grau de “estabanagem” (inventei uma palavra?) e andava olhando para frente ou para o alto. Quando eu estava justamente em frente a um barzinho, cheio para meu azar, próximo a uma escola, que estava em horário de saída, piso em falso no meio fio e me estabaquei no chão.  
Estabanada pra mim é pouco

Pra não torcer o pé, coisa que já havia acontecido várias vezes, eu me deixei levar pelo tombo e mergulhei mesmo, caindo esticada no asfalto. Agora imaginem essa figura de quase 1,80m esticada no meio da rua, em frente a um barzinho e na hora da saída da escola? As risadas eram altas, sem disfarce nenhum, seja dos frequentadores do barzinho ou dos alunos da escola.
A princípio, fiquei no chão
Aí, quando achei que as coisas não podiam piorar, escuto uma voz de adolescente falando: “_Aí não é piscina ‘tia’, presta atenção!”. Putz, as risadas só aumentaram e minha vergonha também. Aí pensei: “vou ficar deitada e fingir que me machuquei, pra ver se o pessoal para de rir”. Que nada, as risadas só aumentavam, aí eu dei uma olhadinha de lado pro relógio e vi que já tinha perdido dez minutos do meu precioso tempo.
Tive que levantar e bater a poeira
Não me fiz de rogada, levantei rapidamente, bati a poeira, catei a bolsa e os óculos escuros, que foram parar longe, e continuei meu caminho até em casa. Só me lembrava do ortopedista me “alugando” uma vez, dizendo que não tinha como uma pessoa do meu tamanho parar em pé calçando 37.
Mas não pensem que foi desta vez que eu aprendi a andar olhando pro chão, aguardem “Salto no asfalto II”.
Meus tombos sempre são apoteóticos

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