quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O caso do cachorro na Delegacia

O caso do cachorrinho rendeu...

Esse é um dos inúmeros episódios que vivi nos meus tempos de Delegacia, e, depois daquele do casamento, acho que é o melhor. Tenho que omitir os nomes porque todos vivem aqui na cidade e o fato não é tão antigo assim. Se alguém se reconhecer no caso e quiser incrementar...
Estávamos nós num típico dia de expediente de Delegacia quando de repente vem uma fuzaca lá da portaria e vejo uma colega de trabalho meio que se atracando com um rapaz com um cachorrinho no colo. O nosso chefe e alguns agentes entraram no meio pra acalmar os ânimos e as coisas começaram a se elucidar.
Foi uma fuzaca daquelas na portaria

Minha colega disse que na casa do primo dela fugiu um cachorrinho daquele e que em Monlevade só existia um exemplar daquela raça, pois ele teve que buscar fora, e, o rapaz apareceu na Delegacia pra pedir informação justamente com o bendito cachorrinho no colo.
O rapaz, por sua vez, disse que estava em sua casa, tranquilamente quando o cachorrinho chegou lá magrinho, com fome e sede, aí os filhos dele pediram pra ficar com o bichinho e ele não teve como negar porque era bonitinho mesmo, chegaram até a dar nome ao cachorrinho.
nosso chefe teve que ser enérgico

O suposto dono do cachorro foi chamado imediatamente e se apresentou do Delegado com diversas fotos do bichinho em sua casa, inclusive uma do filhinho dele junto, o que comoveu todo mundo. Ao passo que o outro suposto dono se agarrava ao bichinho e dizia que estava cuidando dele já há quatro meses e a família se afeiçoou a ele.
Então, nosso chefe, não querendo ser injusto, fez a seguinte proposta: fica cada um de um lado do corredor chamando o cachorro, e, fica com ele o que for atendido. Proposta aceita, vai cada um pra uma ponta do corredor, todos dois seguros que serão atendidos, mas era necessária uma pessoa neutra, momento em que meu chefe ordena:
_ Andréa, pegue o cachorrinho e coloque no chão na hora em que eu mandar!
eu tive que segurar o cachorrinho no colo

Atendi prontamente e segurei o cachorrinho, que era realmente uma gracinha, até a hora em que os donos estavam devidamente posicionados e o chefe deu o sinal para que eu o colocasse no chão.
Nessa hora ninguém mais trabalhava na Delegacia, todo mundo queria saber do desfecho do caso do cachorro, e, inclusive tinha cobertura jornalística. Havia um rapaz, estudante de jornalismo, que dava flashes ao vivo pra rádio em que ele trabalhava. Uma loucura.
foi uma confusão pra cercar o rapaz na saída

Os donos, um em cada ponta do corredor, chamando o bichinho pelo nome que tinha em sua casa, fazendo gracinhas, assoviando, batendo palmas. Mas, ele não quis ir com nenhum dos dois, ficou no meio do corredor tremendo de medo coitadinho. 
o cachorrinho ficou indeciso

Meu chefe coçou o queixo pensativo, mas, o rapaz que chegou com o cachorro na Delegacia foi mais rápido: correu e pegou o cachorro no colo, dizendo que era dele. Foi uma correria, minha colega gritando, o primo dela correndo atrás do rapaz e os agentes cercaram o “elemento”. Acho que isso foi decisivo, nosso chefe falou de pronto:
_ O rapaz aqui trouxe provas de que o cachorro é dele e vai levar pra casa, podem tirar e dar pra ele.
a palavra final coube ao chefe

Gente, foi preciso uns três agentes pra retirarem o cachorrinho do colo do rapaz que gritava:
_ Não!!! O que eu vou dizer lá em casa? Os meninos vão chorar, minha mulher vai me matar...
E as lágrimas desciam igual de criança, vocês não acreditam, um marmanjão chorando por causa do cachorro. Ficou todo mundo com dó, aí o dono do cachorro disse a ele que quando tivesse filhote, um seria dele, já estava prometido. O rapaz aceitou, não tinha outro jeito. E saiu da Delegacia soluçando e secando as lágrimas...
E assim termina o caso do cachorro. Eu juro que é verdade!!!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Adolescente... só.




Hoje eu vou falar de um tema que aflige muitas pessoas, pois, quem não tem, ainda terá, seja de forma direta ou indireta: ADOLESCENTES. 
Quem não tem, ainda terá o seu!!!

Quem não tem filho, tem sobrinho, filho de amigo, afilhado (não é Tia Ju e Tio Kbssa?), vizinho, que mais dia menos dia se tornará um adolescente, não tem jeito de pular esta etapa, tem que encarar.
Vamos começar pelo que mais aflige os adultos: a linguagem corporal. Se o adolescente, quando estiver em meio somente de adultos e crianças, ficar calado, com semblante triste, quieto num canto, não falar com ninguém. Não se preocupe, é assim mesmo. Você vai notar que, normalmente, ele está com aqueles fonezinhos enfiados no ouvido e não sabe nada do que está acontecendo em volta.
Cara fechada... normal!

Mas vai uma dica importante: nem pense em tocá-lo ou fazer perguntas do tipo ”aconteceu alguma coisa?’, “você está aborrecido”, porque, das duas uma: ou ele nem vai ouvir, por causa dos fones, ou vai fazer uma cara que você preferia não ter visto. Deixa quieto.
Outra coisa interessante são as demonstrações de afeto. Você pode abraçar, beijar e até falar como um bebezinho quando estiver sozinho com seu adolescente, mas, jamais faça isso em público! Ele vai olhar pra você como se estivesse olhando para um extraterrestre e perguntar: “ficou louca?”. Procure se inteirar sobre o cumprimento do momento pra não passar vergonha, porque, bater as mãos uma na outra é coisa de um passado remoto!!!
Demonstrações de carinho em público jamais!

A música é um tema interessante também. Pra eles tudo é muito intenso. Quem gosta de algum gênero musical veste camisas com o tema, a área de trabalho do computador é com o tema, têm pôsteres na parede do quarto. Participam de grupos de discussão sobre o gênero. Aquilo passa a ser praticamente uma religião, com direito a brigas com grupos dissidentes e tudo. “Fulano falou que ouve rock mais foi no show do Jorge e Mateus, é um traidor do c...”. Credo, que medo.
A música é essencial no universo adolescente.

E a escrita? Com a internet e as redes sociais, os adolescentes praticamente reinventaram a escrita. Tenho alguns amigos do meu filho adicionados e às vezes passo o maior aperto pra entender o que estão escrevendo. Beleza, virou “blz”, até aí tudo bem, mas tem umas coisas que eu não entendo o motivo: “casa” virou “ksa”, “aqui” virou “aki”. Pra economizar uma letra? Outro dia eu respondi à pergunta de um menino e ele finalizou: “tpd”... estou até agora tentando descobrir o que significa isso. Fiquei com vergonha de perguntar, juro!
O que eu acho mais interessante é a linguagem verbalizada... ela praticamente não existe de pois que inventaram as redes! As comunicações verbais se resumem a termos simplificados em uma palavra que pode ter vários significados, querem ver?
Doido. Essa palavra pode significar uma gama de coisas, e, pra saber seu significado, você tem que estar inteirado do contexto que a envolve. Doido pode ser bom, ruim, legal, triste, com raiva, ou até, pasmem, doido mesmo. Mas, se a palavra “doido” vier acompanhada da “demais”, aí é porque o negócio é bom mesmo, não tem erro.
As redes sociais reinventaram a escrita.

Tranqüilo. Essa é outra palavra freqüente no vocabulário adolescente, que, também pode significar uma infinidade de coisas, a depender do contexto em que estiver envolvida. “Você quer mais um pedaço de pizza?”, “Tranqüilo”, nesse caso, subtende-se que ele disse “Não, obrigado, não quero mais”. “Você está com frio?”, “Tranqüilo”, aí significa “Não, estou bem assim.”. Vejam como uma palavra pode ser tão rica em significado.
Só. Essa é a melhor de todas. Uma palavrinha com apenas duas letras pode resumir tudo o que as outras duas acima significam, bastando que você, interlocutor, esteja prestando bastante atenção no momento. “E aí, a prova tava difícil?”, “Só”, o que quer dizer “Sim a prova tava difícil mesmo”. “Você já comeu?”, “Só”, se ele estiver chegando em casa, quer dizer “Sim, já comi na rua, obrigado”. Vejam a riqueza na economia de palavras.
Tem que estar antenado pra entender a linguagem!

Véi. Não podia deixar esta de fora. Muitas pessoas ficam ofendidas ao serem chamadas assim, pensando estar sendo chacota por causa da idade. Calma, não é nada disso, é um típico chamamento adolescente, que serve pra todo mundo: pai, mãe, colega, amigo, etc. Normal, entenderam?
Então é isso gente, parte dos costumes dessa tribo chamada adolescente, é claro que tem a parte legal, mas isso fica pra outro post, senão este perde a graça.
O mais interessante é lembrar que todos passamos por isso, cada um ao seu tempo, e, agora morremos de rir ao vê-los fazer o mesmo.
Parecem esquisitos, mas são gente boa!!!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Supermercado no sábado... afff


Eu, totalmente perdida no supermercado
Se tem uma coisa que eu odeio, não, palavra muito forte, detesto fica melhor, é ir ao supermercado. Todos os meus amigos sabem que chega a me dar urticária só de pensar. Fiquei mal acostumada porque sempre que preciso de algo, é só dar o cartão pra minha mãe que ela resolve, aí, já viu né.
Pois bem, neste final de semana meus pais viajaram e me vi sem alternativa. Com um adolescente na flor da idade para alimentar, e, eventuais visitas da idade dele, não tinha nada a que fazer a não ser ir até o bendito supermercado, em pleno sábado de manhã... vixe!!!
Pra minha “sorte”, foi semana de pagamento e vale-alimentação, então o tal do supermercado estava uma loucura. Tinha carro esparramado pra tudo o que é lado, até do lado de fora do estacionamento. E eu não tinha como voltar porque não tinha nada para o almoço.
sábado é dia da família ir toda do supermercado

Pra começar, eu tive que entrar numa fila pra conseguir carrinho. Fiquei na espreita e quando a funcionária passou com um carrinho eu dei o bote,  catei o danado sem dar chance pra ninguém reclamar e fui pra guerra.
fica tipo uma guerra mesmo...

Sou muito prática pra fazer compras: faço um itinerário antes de entrar no supermercado, de modo que vou ziguezagueando até o final sem faltar nada, e rápido!
Mas nesse dia não tinha jeito. O supermercado parecia uma sucursal do inferno (com perdão da palavra): aquele monte de famílias, com as crianças, é lógico, com carrinhos empilhados nos corredores; carrinhos enormes parados no corredor enquanto as donas de casa cheiram qual é o melhor sabonete, ou, melhor amaciante para levar; pais nervosos correndo atrás de crianças fazendo pirraça, etc e tal. Até me arrepiei, mas, não tinha jeito.
carrinhos abarrotados parados nos corredores

Me conformei e encarei a tarefa da melhor maneira possível, sempre pedindo “com licença”, “por favor”, “aqui não pode mexer meu bem”, até cumprimentando conhecidos pelos corredores, vejam só que evolução.
Cheguei na fila dos frios porque precisava de meio quilo de presunto para o prato de domingo, e, tirei minha senha que era de número 88. Quando olhei no painel ainda estavam no 75, e , as pessoas não tinham a menor pressa. Quando o rapaz do balcão, muito gentil, perguntava: “é só isso”, a mulher olhava pro marido como que pedindo permissão, aí dizia: “não, me dá mais meio quilo de salsicha”. Pensei comigo que enquanto não chegasse a minha vez era melhor adiantar meu lado e ir comprando as outras coisas que ficavam nas prateleiras.
algumas crianças fazem pirraça

Passei a mão no carrinho e saí à toda. De repente, escuto uma voz conhecida me gritar “Andréa, oi Andréa”, aí me voltei e encontrei com um velho conhecido, muito simpático, fazendo compras com a família. Fui ao encontro deles dizendo “oi gente, tudo bem com vocês?”. Aí, ele me disse todo sem graça “é que você pegou o meu carrinho...”. Olhei pra dentro do carrinho, e, realmente eu não havia comprado nada que estava ali dentro, quase morri de vergonha. Pedi desculpas e brinquei, pra quebrar o embaraço, “que ainda bem que eu não tinha passado no caixa, já que ele tinha comprado muito mais do que eu”, ele riu também, se despediu e ficou por isso mesmo.
outras deixam "fluir" sua energia

Mas ainda dava tempo, toda essa bagunça e o painel ainda estava em 78, ou seja, eu tinha mais dez números pra correr e pegar tudo o que eu precisava. Fiz um ziguezague pelos corredores afora e voltei correndo pra fila de frios, para constatar que o painel estava em 82... putz. Agora não tinha outro jeito, era esperar mesmo. Esperei pacientemente enquanto as famílias enchiam seus carrinhos com presunto queijo, salsicha, lingüiças, doces diversos, etc até chegar a minha vez e eu pedir humildemente uma barra de meio quilo de apresuntado. O rapaz do balcão nem acreditou quando eu disse que era só aquilo e saí embalada em direção aos caixas.
papais têm que ser bravos

Chegando lá, fiz uma rápida análise de que todas as filas estavam abarrotadas de carrinhos com compras do mês das inúmeras famílias que ali estavam com suas crianças tão cheias de energia. Aquele meu conhecido, que eu "furtei" o carrinho, me chamou e disse “que não tinha remédio, era escolher a ‘menos pior’ e esperar mesmo”. Aí, como tinha também uma conhecida da minha mãe na filha eu fiquei por lá. 
a hora da fila é uma beleza...

Quando está quase na minha vez, olhei pro carrinho e lembrei que esqueci o pão. Olhei pra colega da minha mãe e disse “fica de olho que vou correndo buscar um pão de fôrma”. Saí desembestada pelo supermercado afora, me sentindo um daqueles participantes daquela promoção “agarre se puder”, desvia daqui, desvia dali, pega o pacote de pão e volta no mesmo embalo pra não perder a vez. Cheguei bufando, tô sedentária pra caramba, mas, a tempo de passar minha pequena compra.
mas, enfim, saí com minha humilde comprinha!

Nossa, quando entrei no carro comecei a rir sozinha porque parecia que eu estava vindo de uma guerra: suja, suada, cansada, estressada... Amigos, eu sei que tem gente que gosta, mas, supermercado no sábado, JAMAIS!!!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A serenata


Adolescência: vivendo no limite!!!
Adolescência. Época de muita intensidade. Vivi a minha ao máximo.
Me apaixonei por um rapaz e jurava que era para sempre. Ele era o sentido da minha vida. Passava horas e horas escrevendo o nome dele em uma folha de caderno, só pra depois ficar lendo e suspirando. Ah, que tempo bom.  Minha maior preocupação na vida era se “ele” ia olhar pra mim e se apaixonar como eu. 
Me apaixonava pra sempre!!!
Mas o grande problema dos apaixonados é que ficam cegos. Não percebem que ao seu lado tem uma pessoa tão apaixonada por que seria capaz de fazer as mesmas bobeiras que você faz pelo outro que não estava nem aí.
Mas e se não for ele???
Aí é que começa a confusão: você está apaixonada por uma pessoa, mas, outra pessoa está apaixonada por você, sendo que eles são amigos. Isso tudo, quando se tem quinze anos de idade é praticamente uma tragédia grega! 
Uma bela noite estava eu deitada em minha caminha, suspirando e sonhando com o meu amado quando, de repente, um som diferente invade meu sono. Era música. Ao vivo. Embaixo da minha janela. Que isso?
Levantei correndo e abri a janela quando me deparo com um grupo de rapazes conhecidos cantando músicas românticas da época. Meu cabelo estava uma vassoura (não existia escova progressiva) e eu estava vestindo um pijama de flanela feito pela minha avó, mas nem liguei.
Serenata era tudo de bom!!!

Ele estava lá, o objeto do meu amor. Debulhei-me em lágrimas quando vi que um deles segurava uma rosa vermelha, leu uma poesia e se preparava pra escalar o muro da minha casa (o que não é brincadeira porque é o equivalente a dois andares pra chegar à minha janela). Na mesma hora gritei o nome do meu amado, para que fosse ele que me entregasse a rosa. Ele veio sem jeito, achei que era medo de cair do muro, me entregou a rosa e deu um beijinho.
Receber a declaração de amor... de quem???
Enquanto ele começava a empreitada para descer do muro eu notei que estava acontecendo um tumulto entre os participantes da serenata. Um deles debandou e foi embora reclamando e xingando os outros. Era o que estava com a rosa antes. Naquele momento minha ficha caiu: era ele que havia planejado tudo e ia se declarar e me entregar a rosa... putz.
Fiquei sabendo que ele, o outro, havia escrito a poesia especialmente para a ocasião. Um deles convenceu o pai a emprestar o carro para o transporte da galera, que não era pouca, pois, naquela época a lotação do veículo era “quantos coubessem”. Funcionava assim: um tocava violão, outro tocava flauta e o “resto” era vocal, incluindo o motorista.
Fui objeto de amor não correspondido... afff
E como é que se faz quando encontra depois? Éramos todos da mesma turma e freqüentávamos os mesmos lugares. Adotei a postura de “não sei de nada” e fui levando como se realmente não soubesse de absolutamente nada. Melhor assim, já que éramos (e somos) amigos e eu não queria perder a amizade. Mas eu me senti a menina mais especial do mundo. Dois amigos gostando de mim. Como se diz hoje em dia eu tava “me achando”!
Uma turma de amigos legais não tem preço!!!

O engraçado é que não fiquei com nenhum dos dois. A vida seguiu, passaram-se mais de vinte anos (um pouco mais) e cada um tomou um rumo diferente na vida. Me encontrei com um dos participantes da serenata outro dia e nós dois morremos de rir do drama que foi a situação na época: amores não correspondidos, amizades abaladas...
É uma pena que não existe mais nada disso. 
Adolescência agora é on line!!!
Não se fazem mais amores adolescentes como antigamente. Hoje o que acontece é compartilhar uma foto ou curtir um status na rede social como prova máxima de amor.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Manias...

Minha série favorita, será por que???
Eu me peguei morrendo de rir sozinha das minhas manias, então, resolvi fazer um post sobre isso: Manias. Quem não tem alguma que atire a primeira pedra!!!
Quer me ver brava (usando eufemismo)? Mexa na ordem dos meus livros na estante do meu quarto. Vixe... Meus livros são arrumados, primeiro por autor, (isso é até lógico e não é uma mania), depois, por gênero (acho que também é aceitável), e, por tamanho e espessura. Aí é que a coisa começa a complicar. Ordeno os exemplares de acordo com a espessura pra criar uma estética bacana na minha estante e a altura é importante, é claro, por que não? Pra que alguém tem que mudar meus livros de lugar? Fica lindo de se ver...
Não mexa nos meus livros!!!

A mania que deriva dessa é a de ler. Leio compulsivamente. Ando sempre com um livro na bolsa porque se eu for a algum lugar e tiver que esperar atendimento, leio o tempo todo. Em casa, comecei a ouvir reclamações porque fico lendo o tempo todo e não converso com ninguém. Mas no final de semana, depois do almoço, eu leio até a hora de dormir. Costumo ler um livro de um dia pro outro facilmente.
Ler é a minha mania preferida!!!

Outra mania? Horário. Quer me tirar do sério é mudar um horário meu ou não comparecer em algum compromisso marcado. Tenho uma amiga, a Ju, que ela fica desesperada quando marca de sair comigo e se atrasa, me liga e manda um monte de mensagens porque sabe que cinco minutos antes do marcado eu estou prontíssima. Quando eu chego ao salão é um corre-corre danado: “Andréa chegou gente, vocês sabem como ela é...”. Ah, quem convive comigo sabe que eu sou assim, não posso fazer nada. Mas essa mania tem sua vantagem: não deixo ninguém me esperando além da hora marcada!
Não se atrase pra um compromisso comigo!!!

Eu tentei evitar ao máximo, mas, acabei criando outra mania: meu ritual de final de semana. Acordo no sábado antes das 10:00h (impreterivelmente), não precisa despertador, porque meu subconsciente sabe que vai começar a reprise da minha série favorita na Warner justamente nesse horário. Se acordar mais cedo, bem, faço outras coisas, se acordar quase na hora, azar, assisto de pijama mesmo, é sério. Aí, depois da minha série, que termina às 11:00h, eu vou pra cozinha, ligo o notebook, coloco algum DVD de show e vou fazer almoço tomando uma cervejinha. No domingo o ritual muda um pouco porque reprisam várias séries, aí, fica difícil a parte do DVD na cozinha. Acabo fazendo almoço nos intervalos das séries enquanto tomo minha cervejinha vendo televisão.
Meu canal de séries, mania de fds.

Esses dias eu estou fazendo um tratamento pra sinusite e tomando antibióticos por quinze dias, o que me impede de tomar minha cervejinha de sábado e domingo. Eu fiquei num mau humor fora de série, acho que nem tanto pela cerveja, mas pela quebra do meu ritual sagrado. Perdeu totalmente a graça ficar na cozinha vendo Show sem a danada da cervejinha pra acompanhar.
Tenho uma mania que já matou de raiva um chefe que eu tive: a de catalogar coisas. Eu parto do principio que tudo tem que ser organizado entre seus iguais. No meu local de trabalho é assim. Sempre consigo criar critérios para organizar as coisas partindo de algum princípio: data, letra, tamanho, utilidade, cor (dentro dos outros critérios). Esse meu chefe (morro de saudades) entrava na minha sala quando eu não estava e mudava as coisas de lugar só pra ver minha cara quando eu as encontrava fora da ordem que eu criei. Ficava brava demais e ele rindo!!!
Fico irada se mudar minha "catalogação"!!!

A minha mania mais estranha (pelo que me falaram) é o varal de roupas. Acho que deriva da mania anterior. Quando lavo roupa, sempre sábado de manhã e domingo à noite, tenho um critério para estendê-las. As peças do mesmo tipo têm que ficar perto uma da outra, e pela cor também. Fica assim: calça, perto de calça, blusa perto de blusa, calcinha com calcinha, etc, mas, respeitando o critério de cor observando da mais clara até chegar à mais escura. Não é o máximo???
Varal tem que ser organizado também!!!

Será que é por isso que a minha série favorita é Big Bang Theory? As vezes fico me sentindo um Sheldon de saias (modo de falar, porque eu não uso saia). Mas já refleti sobre isso: se eu sou um Sheldon de saias, por que eu fiquei só com as chatices e sem a inteligência dele? Bazinga!!!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Família a beira de um ataque de nervos: a internet acabou!!!


Feriadão com gripe... ninguém merece!!!
Feriadão chegando, expectativa de festa, barzinho pra colocar o papo em dia com o pessoal, ficar à toa lendo um pouco, ver uns filmes, curtir facebook e encaminhar alguns emails engraçados, mas, eis que me aparece uma gripe daquelas.
Não acordei nada bem na quarta-feira, gripe muito forte e sinusite, então, já imaginei que o feriado seria dentro de casa mesmo. Mas, aí, pensei: não tem problema, afinal de contas eu tenho meus livros e a internet... engano total!!!
Meus livros não me deixam na mão!!!

Na quarta-feira à tarde meu pai avisou: “estamos sem internet, mas já liguei no SAC e eles vão resolver em 24 horas”. Então tá né... Relaxei, peguei um livro pra ler, vi um pouquinho de TV e no dia seguinte ao acordar, vejo que a cara do meu pai não está das melhores. A internet não voltou ainda. Tudo bem, pego o livro que comecei a ler no dia anterior e leio o dia inteiro, até acabar, ouvindo de vez em quando que “nada de internet”.

Já critiquei muitos artigos sobre realitys shows, quando diziam que “estuda o comportamento humano”, etc e tal, mas, tive que dar a mão à palmatória depois desse feriadão da semana santa. Não tem lógica gente, me senti exatamente dentro de um reality show intitulado “A família sem internet no feriadão”... vixe!!!
Meu filho começou a ter crise de abstinência na quinta de manhã. Andava pela casa a fora, de mau humor, zapeava pelos canais da TV, por fim, na sexta, ele pegou o vídeo-game e passou o dia inteiro na casa do vizinho. E é claro que lá ele ficou dependurado na internet também, o que eu achei ótimo porque ele já estava quase mordendo alguém de tão bravo.
Meu filho entrou em crise de abstinência

Minha mãe teve crise de limpeza na sexta e acordou fazendo um drama, dizendo “que antes de fazer almoço ia ter que arrumar a casa, limpar banheiros porque a diarista não foi trabalhar, sendo que ela é evangélica e o feriado é católico, blá, blá, blá...”. Eu passei a mãos nos acessórios e fui limpar os banheiros porque não sou boba. Pra bom entendedor, pingo é letra.

Antes que eu começasse a limpar, ela já tinha outra ordem na ponta da língua porque precisava urgentemente de um “certo” tempero da rua. Eu argumentei que até iria procurar, se fosse o caso de vida ou morte, lembrando que era “Sexta-feira da Paixão”, mas, primeiro os banheiros. 
Minha mãe teve crise de limpeza... ui!!!
Meu pai teve vários estresses ligando para o SAC do provedor, quase de hora em hora, que sempre gentilmente informava “que o problema seria resolvido logo, logo”. Ele, meu pai, é o que mais depende de internet por causa dos afazeres do Lions, que envolvem pessoas do Brasil todo, então vocês imaginem o nível do estresse do homem.
Meu pai era o mais bravo de todos!!!

Eu tenho meus livros, que não me deixam na mão, então, li um por dia, mantendo a minha marca alcançada nas férias. Acho que o sofá deve ter ficado com o meu formato porque eu não tinha pra onde ir. E só porque eu estava com gripe apareceu convite pra aniversário, show, boteco... Ai que raiva que me dava quando eu olhava pra xícara de chá na minha mão!!!
Nunca tive tanto convite pra sair...

Tinha também a TV a cabo pra salvar a Pátria, porque ninguém é de ferro! Assistimos vários seriados policiais e de comédia. Viva a Warner e a AXN, sempre com o controle remoto sob as ordens do meu pai, que é o líder nato da casa, sem discussões.
Sábado de manhã eu entrei no quarto do meu filho sem avisar e levei o maior susto. Ele estava estudando. Perguntei a ele, com calma pra não assustar, o que estava estudando, e, ele me disse que era “tipo” um trabalho de literatura pra escola. Saí do quarto de fininho pra não incomodar e achei que meu coração ia sair pela boca!!!
A família teve que se contentar com a TV...

No sábado à noite, estávamos nós largados na sala assistindo TV enquanto meu pai adiantava o trabalho dele no notebook quando a lâmpada queimou. Ele colocou as mãos na cabeça dizendo “era só o que me faltava agora”. Eu olhei pra minha mãe e disse: “Corre senão alguém vai pro paredão!!!”. Mam’s teve a idéia de sairmos todos pra comer alguma coisa e esfriar a cabeça, e, aí, no dia seguinte resolveríamos o que fazer. A idéia foi ótima e todos relaxamos um pouco.
Domingo, já estavam todos resignados. A internet só viria na segunda mesmo. Meus pais se arrumando para ir ao clube, como de costume, e, eu, fiquei assistindo “The Big Bang Teory”, minha série preferida na Warner. De repente, meu pai fala: “A internet voltou”. Nossa, ficou todo mundo louco: liga PC daqui, notebook dali, netbook acolá, uma confusão danada.
Mas a internet voltou!!!

Lá pelas duas da tarde, depois de “fuçar” bastante a internet, resolvi almoçar o strogonoff de filé que eu fiz pra comemorar a volta da internet. Quando ia dar a primeira garfada, a campainha de casa toca. Era o técnico do provedor de internet que veio ver qual era o problema.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Falando mal de tudo e de todos... última moda!!!

Falando mal mesmo!!!
Então tá, já que a moda é falar mal de tudo eu vou falar também!!!
Vou começar falando mal das roupas. Sim, elas são um dos maiores sonhos de consumo das mulheres, mas, não servem em todas. As roupas mais lindas e maravilhosas são feitas para caber apenas em corpinhos de top models magricelas que não têm nada a ver com as mulheres de verdade, que sonham em entrar numa roupinha daquelas.
Gostaram? Então se adaptem!!!
babem meninas, mas não é pra qualquer uma!!!
Mas tem os sapatos também. Aqueles glamorosos, lindos de morrer, com saltos mais lindos ainda, não são feitos para as mulheres que trabalham o dia todo, vão ao supermercado, pagam contas, etc, ficarem em cima deles. Foram feitos apenas para o caso da pessoa sair de casa, de carro, para algum compromisso que não inclua ficar em pé mais de cinco minutos (significa que casamentos e formaturas não estão na lista).
Vocês já viram alguém achar isso ruim???
E as calorias? Afff, não gosto nem de pensar. São uns monstrinhos que se escondem nas coisas mais gostosas que existem e fazem a gente ficar enorme de gorda. Vocês já ouviram alguém falar que se divertiu tomando água e comendo alface? Se ouviram, escutem de uma ex-magra: é mentira pura. A gente fica louca pra se empanturrar de coisas gostosas!!!
Já que é pra falar mal, não podia esquecer de um vilão daqueles: o tempo. Por que ele tem que passar? Por que nossos bebês têm que crescer e se desgarrar da gente? Nossa pele ganhar umas ruguinhas e ficar ressecadas? Nossos melhores amigos tomarem rumos diferente na vida e se esquecerem da gente?
Vocês devem estar achando que eu fiquei doida. Ou que este é um post daqueles baixo-astral, mas não é nada disso.
O tempo passa, mas... e daí???

As pessoas sempre me perguntam por que eu não tenho escrito ultimamente, então aí vão as respostas:
A primeira é a falta de tempo (olha ele aí de novo). Tenho que trabalhar o dia inteiro pra poder pagar as contas, comprar roupas (que não vão me servir), comprar sapatos (que eu não vou agüentar calçar) e comidas que eu vou comer e engordar bastante. Além do mais, tenho que terminar de criar meu filho, dar conta de algumas tarefas domésticas e outras externas. Vamos combinar que não tem jeito de ficar o dia inteiro produzindo textos de boa qualidade.
só reclamar não tá com nada!!!
A outra razão é que eu ando meio desanimada com esse negócio de blog. Hoje em dia todo mundo criou blog pra falar mal de alguma coisa ou de alguém. Vocês já repararam no número de blogs que reclamam de tudo e todos o dia inteiro? A minha proposta é totalmente diferente do que eu vejo no dia a dia. Eu queria poder falar sem compromisso, abobrinha mesmo.
O importante é ser feliz!!!
Acho que depois deste post não vou ser convidada (nunca fui) pra algum encontro de blogueiros ou ser publicada em algum meio de comunicação. Mas pelo menos eu pude desabafar (dentro da minha proposta) e mostrar a vocês como é chato abrir um texto e ler só lamúrias, ainda que o autor nem saiba porque está reclamando.
Então, vou seguindo do meu jeito: com publicação “meio-que-de-vez-em-quando”, gordinha, de salto baixo, tomando uma gelada no final de semana, comendo porcaria, lendo muuuuito e FELIZ.
Mil beijos!!!