Eu, totalmente perdida no supermercado |
Se
tem uma coisa que eu odeio, não, palavra muito forte, detesto fica melhor, é ir
ao supermercado. Todos os meus amigos sabem que chega a me dar urticária só de
pensar. Fiquei mal acostumada porque sempre que preciso de algo, é só dar o
cartão pra minha mãe que ela resolve, aí, já viu né.
Pois
bem, neste final de semana meus pais viajaram e me vi sem alternativa. Com um
adolescente na flor da idade para alimentar, e, eventuais visitas da idade
dele, não tinha nada a que fazer a não ser ir até o bendito supermercado, em
pleno sábado de manhã... vixe!!!
Pra
minha “sorte”, foi semana de pagamento e vale-alimentação, então o tal do
supermercado estava uma loucura. Tinha carro esparramado pra tudo o que é lado,
até do lado de fora do estacionamento. E eu não tinha como voltar porque não
tinha nada para o almoço.
sábado é dia da família ir toda do supermercado |
Pra
começar, eu tive que entrar numa fila pra conseguir carrinho. Fiquei na
espreita e quando a funcionária passou com um carrinho eu dei o bote, catei o danado sem dar chance pra ninguém
reclamar e fui pra guerra.
fica tipo uma guerra mesmo... |
Sou
muito prática pra fazer compras: faço um itinerário antes de entrar no
supermercado, de modo que vou ziguezagueando até o final sem faltar nada, e
rápido!
Mas
nesse dia não tinha jeito. O supermercado parecia uma sucursal do inferno (com
perdão da palavra): aquele monte de famílias, com as crianças, é lógico, com
carrinhos empilhados nos corredores; carrinhos enormes parados no corredor
enquanto as donas de casa cheiram qual é o melhor sabonete, ou, melhor
amaciante para levar; pais nervosos correndo atrás de crianças fazendo pirraça,
etc e tal. Até me arrepiei, mas, não tinha jeito.
carrinhos abarrotados parados nos corredores |
Me
conformei e encarei a tarefa da melhor maneira possível, sempre pedindo “com
licença”, “por favor”, “aqui não pode mexer meu bem”, até cumprimentando
conhecidos pelos corredores, vejam só que evolução.
Cheguei
na fila dos frios porque precisava de meio quilo de presunto para o prato de
domingo, e, tirei minha senha que era de número 88. Quando olhei no painel
ainda estavam no 75, e , as pessoas não tinham a menor pressa. Quando o rapaz
do balcão, muito gentil, perguntava: “é só isso”, a mulher olhava pro marido
como que pedindo permissão, aí dizia: “não, me dá mais meio quilo de salsicha”.
Pensei comigo que enquanto não chegasse a minha vez era melhor adiantar meu
lado e ir comprando as outras coisas que ficavam nas prateleiras.
algumas crianças fazem pirraça |
Passei
a mão no carrinho e saí à toda. De repente, escuto uma voz conhecida me gritar
“Andréa, oi Andréa”, aí me voltei e encontrei com um velho conhecido, muito
simpático, fazendo compras com a família. Fui ao encontro deles dizendo “oi
gente, tudo bem com vocês?”. Aí, ele me disse todo sem graça “é que você pegou
o meu carrinho...”. Olhei pra dentro do carrinho, e, realmente eu não havia
comprado nada que estava ali dentro, quase morri de vergonha. Pedi desculpas e
brinquei, pra quebrar o embaraço, “que ainda bem que eu não tinha passado no
caixa, já que ele tinha comprado muito mais do que eu”, ele riu também, se
despediu e ficou por isso mesmo.
outras deixam "fluir" sua energia |
Mas
ainda dava tempo, toda essa bagunça e o painel ainda estava em 78, ou seja, eu
tinha mais dez números pra correr e pegar tudo o que eu precisava. Fiz um
ziguezague pelos corredores afora e voltei correndo pra fila de frios, para
constatar que o painel estava em 82... putz. Agora não tinha outro jeito, era
esperar mesmo. Esperei pacientemente enquanto as famílias enchiam seus
carrinhos com presunto queijo, salsicha, lingüiças, doces diversos, etc até
chegar a minha vez e eu pedir humildemente uma barra de meio quilo de
apresuntado. O rapaz do balcão nem acreditou quando eu disse que era só aquilo
e saí embalada em direção aos caixas.
papais têm que ser bravos |
Chegando
lá, fiz uma rápida análise de que todas as filas estavam abarrotadas de
carrinhos com compras do mês das inúmeras famílias que ali estavam com suas
crianças tão cheias de energia. Aquele meu conhecido, que eu "furtei" o carrinho,
me chamou e disse “que não tinha remédio, era escolher a ‘menos pior’ e esperar
mesmo”. Aí, como tinha também uma conhecida da minha mãe na filha eu fiquei por
lá.
a hora da fila é uma beleza... |
Quando
está quase na minha vez, olhei pro carrinho e lembrei que esqueci o pão. Olhei
pra colega da minha mãe e disse “fica de olho que vou correndo buscar um pão de
fôrma”. Saí desembestada pelo supermercado afora, me sentindo um daqueles
participantes daquela promoção “agarre se puder”, desvia daqui, desvia dali,
pega o pacote de pão e volta no mesmo embalo pra não perder a vez. Cheguei
bufando, tô sedentária pra caramba, mas, a tempo de passar minha pequena
compra.
mas, enfim, saí com minha humilde comprinha! |
Nossa,
quando entrei no carro comecei a rir sozinha porque parecia que eu estava vindo
de uma guerra: suja, suada, cansada, estressada... Amigos, eu sei que tem gente
que gosta, mas, supermercado no sábado, JAMAIS!!!
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