terça-feira, 26 de abril de 2011

Rock de filho pra mãe, nada mais importa.


Mauro, meu iniciador no rock

 
Com o crescimento do meu filho, e, sua chegada à adolescência, fui apresentada ao mundo do rock & roll e digo uma coisa: A D O R E I !!! Passamos a curtir juntos muitas bandas legais, mas, é claro que alguma só ele gosta porque eu acho um pouco "pesado" pra mim... rs rs rs
A minha banda preferida é o Metallica, sem sombra de dúvida, e, inclusive estou ouvindo-a enquanto digito este texto no finalzinho do meu expediente corrido. A voz do James e a energia da banda meio que me hipnotizam... é uma coisa inexplicável, sabem?
Nossos planos, meu e do meu filho, era de ir ao Rock in Rio justamente no dia do show desta banda, mas, coincidiu com o calendário de provas dele, paciência, né? Mas ainda vamos em, pelo menos, um show de rock este ano, é questão de honra pra mim !!!
Uma coisa que eu acho engraçada é que nós, fãs de rock, ficamos zoando os adeptos de outras modalidades musicais, achando-as bregas por falarem de amor, etc e tal, mas, hoje, eu resolvi pesquisar a tradução da minha música favorita do Metallica, “Nothing Else Matters”, e, adivinha do que ela fala? Vejam por vocês mesmos:
James, dono de voz e personalidades marcantes

Nothing Else Matters
Nada mais importa
Tão perto, não importa quão longe
Não poderia ser muito mais vindo do coração,
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa
Nunca me abri desse jeito,
As vidas são nossas nós vivemos do nosso jeito,
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada mais importa
Confiança eu procuro e acho em você
Todos os dias para nós algo novo
Mente aberta para uma nova visão
E nada mais importa
Nunca me importei pelo o que eles fazem
Nunca me importei pelo o que eles sabem
Mas eu sei
Tão perto, não importa quão longe
Não poderia ser muito mas vindo do coração,
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa
Nunca me importei pelo o que eles fazem
Nunca me importei pelo o que eles sabem
Mas eu sei
Nunca me abri desse jeito,
As vidas são nossas nós vivemos do nosso jeito,
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada mais importa
Confiança eu procuro e acho em você
Todos os dias para nós algo novo
Mente aberta para uma nova visão
E nada mais importa
Nunca me importei pelo o que eles dizem
Nunca me importei pelos jogos que eles jogam
Eu nunca me importei pelo o que eles fazem
Eu nunca me importei pelo o que eles sabem
E eu sei...!Yeah!!!
Tão perto, não importa quão longe
Não poderia ser muito mais vindo do coração,
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa

Existe uma corrente de fãs que afirmam que esta música foi composta quando o avô de James faleceu, e, esta teria sido sua última frase: "Nada mais importa...". Já existe uma outra corrente de fãs que dizem ter sido sua composição para uma namorada que tinha na época. Mas, seja lá qual for a corrente dominante, o motivo é o mesmo: o amor, e, por ele, nada mais importa.

Por tudo isso, este post é em homenagem a você meu filhão, por quem nada mais importa neste mundo.
Mas sem esquecer uma coisa: é rock & roll na veia !!!


Mauro, na Galeria do Rock, em SP


terça-feira, 19 de abril de 2011

Estagiários...


Responda-me quem estiver lendo agora: _ quem nunca teve, ou, foi um estagiário na sua vida profissional?
Sim, estou falando deste ser que cursa faculdade, ou até curso técnico, que chega no seu trabalho com uma cartinha de apresentação, um belo sorriso no rosto e muita disposição “para aprender e fazer o melhor possível pelo desenvolvimento do setor (ou departamento) da melhor maneira possível, empreendendo todos os esforços necessários para tal”. Sim, é desta pessoa que estou falando.
Vou me dar ao luxo de incluir nesta categoria os menores-aprendizes, que participam do meu cotidiano profissional tanto quanto os estagiários. Portanto, toda vez que eu disser/ escrever “estagiário”, os menores aprendizes estão incluídos, ok?
Pude perceber que eles, os estagiários, se classificam em diversos tipos. Apesar de pouco tempo em de coordenação de equipe, cerca de dois anos e meio, pude catalogar e diferenciar os vários tipos que já passaram por mim. Vejamos então, lembrando que trabalho na área jurídica, e, vou me arremeter ao meu campo, mas, fiquem livres para fazer suas adaptações, cada um à sua área.
Tem o estagiário “certinho”, aquele que no primeiro dia já chega ao início do horário do expediente, pronto para trabalhar, de roupa social, pastinha de baixo do braço, cabelo penteado (normalmente engomado) e com vários  artigos sobre o assunto na ponta da língua... que medo !
O estagiário “puxa-saco” pode ser facilmente confundido com o tipo acima descrito, mas, cuidado, apesar das aparências, essa espécie é do tipo falso. Daqueles que quando você chama a atenção por algum erro, ele diz “muito obrigado, isso só vai aumentar meu conhecimento”, mas com um sorriso amarelo que quer dizer “seu FDP, ainda pego seu lugar!”.  
Já o tipo “distraído” é aquele que você gasta sua saliva por cerca de meia hora explicando a fundamentação legal de um procedimento quando, de repente, ele pergunta: “Será que vai chover?”. Este aí dá um trabalho danado porque costuma ser uma pessoa boa praça, daqueles que não fazem mal a ninguém, aí dá uma peninha de chamar a atenção.
Mas, todo cuidado é pouco, porque, o tipo acima pode virar um “enrolado”. É, de tanto você deixar pra lá os errinhos da pessoa ela vai se acostumando e acaba ficando um tremendo “171”, que vai “no vácuo” de algum colega, ou, se não tiver colega, faz aquela carinha de bonzinho na hora em que você for chamar a atenção, para, mais uma vez, deixar para lá.
O estagiário do tipo “dedicado” é uma espécie dificílima de encontrar no mercado. É aquele que está ali realmente querendo aprender alguma coisa, pesquisa suas dúvidas e já chega com respostas prontas. Discute os erros quando é chamado a atenção, se for pra defender um ponto de vista, e, acaba virando um parceiro no trabalho.
O problema se você não souber manter a distância exata é que ele pode virar um monstro, o tipo “vaidoso”. Você foi demonstrando tanta admiração e dando tanta credibilidade que ele foi crescendo, tomando espaço e o controle da situação foi perdido. Ele passa a te “avisar” em vez de “pedir”, e, costuma se passar por você na sua falta.
Vou encerrar com o tipo “atrapalhado”, que é aquele que você manda tirar cópia de um processo e no meio do caminho ele tropeça misturando as páginas. Ele troca nomes de clientes e empresas na hora de atender, acha que sabe do caso e acaba fazendo uma confusão danada. Ele tropeça no fio do seu estabilizador e desliga o seu PC na hora em que você está terminando de digitar um documento importante que esqueceu de salvar.
Enfim, eu poderia ficar aqui horas, ou linhas, a fio falando sobre os estagiários, mas não é essa a intenção, senão fica muito chato. A idéia deste texto me bateu hoje, do nada, na sala de espera do médico, enquanto eu pensava: ”nossa, em dois anos e meio já passaram tantos estagiários por mim e a maioria eu nem sequer sei por ande anda... vou escrever sobre isso”, simples assim.
Eu não quis escrever sobre os meus estagiários especificamente porque juízo de valor é uma coisa muito pessoal, e, algo que pra mim pode soar como uma brincadeira pode ofender a outra parte.
O importante é que também fui uma estagiária, talvez a “atrapalhada” (me lembro que já quebrei um telefone do meu chefe e já derrubei uma caixa de mil clipes no chão da sala dele também), mas, aprendi muito como profissional e como pessoa porque meu chefe sempre me cobrou que eu fizesse o que era da minha profissão, nada de se aproveitar pra pedir cafezinho, água, etc.
 No meu pouco tempo como “chefe”, tenho como regra que um estagiário não vai exercer nenhuma função que não seja atribuída à sua carreira, e, sempre que um novato senta-se à minha frente com sua carta de apresentação tremendo nas mãos eu digo “eu não faço questão de mais nada além de que você saia daqui dizendo que aprendeu alguma coisa”.
Mil beijos e abraços a todos os meus ex-estagiários e menores aprendizes, espero ter feito alguma diferença na vida de vocês.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desrespeito? Jamais !!!


Quando eu era uma menininha, faz pouco tempo... rs rs rs, minha mãe dizia que ser mulher era mais difícil porque o mundo era machista e que nós, mulheres, tínhamos que nos resguardar para se valorizar, etc, enfim, conselhos de mãe mesmo.
O tempo foi passando, veio a Constituição de 1988 igualando homens e mulheres em direitos e obrigações, depois veio o Código Civil de 2002 realizou o mesmo feito, o Código Penal excluiu crimes que tratavam as mulheres com inferioridade em 2006.
A Lei Maria da Penha veio com tudo para reprimir todo o tipo de crime praticado contra as mulheres, sejam eles físicos, psicológicos, morais ou patrimoniais. Eu sou coordenadora de um seminário sobre o assunto há três anos, e, a cada ano cresce o número de mulheres querendo saber dos seus direitos e como exercê-los, o que me deixa muito feliz.
Mas, passei por uma situação que me levou a pensar: de que adiantaram tantas evoluções legislativas se os homens não se interessam em se inteirar do assunto e saber de uma vez por todas que toda  mulher merece respeito ?
O que leva um homem a sentar numa mesa de bar, lotado, e, falar desrespeitosamente de uma mulher que ele diz “estar a fim”, usando palavreados chulos, que não tenho coragem de repetir aqui no texto, e, dizer que “fica com ela a hora que quiser” ?
Esqueci de dizer que tal mulher sequer tem amizade com o fulano, e, tem conhecimentos apenas profissionais e cumprimentos cordiais de “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”. Também me esqueci de dizer que o fulano disse isso na presença de amigos pessoais da mulher, que, por bom senso, lhe contaram o ocorrido, porque, caso contrário, o FDP ia continuar fazendo a mesma coisa por aí.
Como deixei claro no quarto parágrafo, a mulher da situação era eu, mas, não vou identificar mais ninguém por motivos óbvios (leiam-se legais). A vontade que eu tive foi de pegar o fulano e torcer o pescocinho dele, mas, mantive a cabeça no lugar (nem sei como) e o chamei, sem que ele soubesse que era eu, para uma conversa pessoal.
Falei em tom baixo, mas firme, sobre o que ocorreu, enfatizando que foi na presença de amigos pessoais meus, repetindo todas as palavras que ele disse, sem dar chance de negação do fato. Em seguida, expliquei que o que ele fez está tipificado como crime no artigo 139 do Código Penal Brasileiro, e se chama Difamação, e, que eu poderia tomar as providências legais cabíveis ao caso, mas, que levando em consideração a sua condição de vida difícil e que tinha filhos para terminar de criar, eu não faria nada.
É claro que o dito cujo abaixou a cabeça, fazendo cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança, e disse que o problema é que ele bebeu demais e se iludiu a meu respeito, achando que eu realmente estava olhando pra ele, pois se esqueceu que estava na mesa embaixo da TV do bar. Depois de dar mil e umas desculpas machistas e idiotas, me perguntou o que poderia fazer para compensar o mal que me causou, pois agora, em sã consciência, tinha certeza de que estava errado e queria se desculpar.
Eu respondi que o que ele poderia fazer por mim era nunca mais tocar no meu nome e nem falar daquela maneira de mulher nenhuma, porque toda mulher merece ser respeitada.
Estou escrevendo este texto em tom de desabafo porque gostaria que ele atingisse o máximo de mulheres possíveis, para que nenhuma se cale diante de uma situação de desrespeito com a que eu passei. Não é preciso fazer um barraco, a lei está do nosso lado, nos fornecendo instrumentos para nos defender e fazer engraçadinhos como este a aprender respeitar uma mulher !