quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Xô barata... socorro!!!

Todo mundo tem seu ponto fraco e eu confesso o meu: insetos, principalmente as baratas. Sei que já escrevi aqui sobre ser mulher forte, trabalhadora, mãe de menino, mas, morro de medo de insetos.

Certa vez, quando eu prestava serviços na Delegacia, estava com uma cara de brava atendendo a um PM que levava um cidadão “meio embriagado”, quando entrou uma mariposa voando dentro da minha sala. Nossa, foi uma confusão danada. A cada rasante que o bicho dava, era um grito meu, que a essa altura já estava abaixada e me escondendo no vão da minha mesa.

O Sargento dava uns pulos tentando pegar a mariposa, e, por fim, até o rapaz conduzido dava seus pulinhos tentando pegar o bicho para que eu parasse de gritar. Por fim eu saí da sala e fiquei no corredor dizendo que “só entrava na sala de novo quando o bicho estivesse morto”. Minutos depois o Sargento saiu vitorioso carregando “o corpo” e depositando no lixo, para que eu pudesse voltar e continuar o meu trabalho. Nem preciso dizer que fui zoada por muito tempo por causa do episódio da mariposa. Mas eu juro que ela era enorme, gigante mesmo!


Lá em casa quando aparece qualquer desses seres eu só grito pelo meu pai o meu filho, e, qualquer um deles sabe que eu não saio do lugar enquanto alguém não resolver “o problema”.
Tive a inspiração para este post porque hoje, quando cheguei pra trabalhar, me deparei com uma barata enorme no chão da sala. Ela estava de perninhas para cima, imóvel, mas, experiente como sou, aprendi que as baratas são muito fingidas, ficam quietas esperando a gente chegar perto para nos atacar. Logo pedi socorro pelo Facebook, para ver se tinha alguma alma caridosa aqui por perto que pudesse vir me ajudar, mas, nada.

Fiquei quietinha na minha cadeira, só observando, quando, de repente, ela começou a mexer as perninhas, eu sabia! Foi questão de minutos para que a danada se virasse e ficasse me encarando, com aquela cara de vilã de novela das nove, sabendo que eu estava com medo dela. Postei novo pedido de socorro no Facebook e nada, não apareceu ninguém. Então, num súbito momento de coragem, eu peguei um monte de papelão (guardado pra reciclagem) e joguei em cima dela, voltando correndo pra minha cadeira.

Mas nem tudo estava perdido. Eis que a minha colega de trabalho chega, e, antes mesmo de dar bom dia eu grito: “_ Tem uma barata ali embaixo, socorro!”. Minha colega, com toda a paciência que Deus lhe deu, retirou o monte de papelão, pegou uma pá de lixo e a removeu, sem maiores problemas. Depois olhou pra mim e disse:”_Bom dia Andréa, ela já está no lixo, tá?”.
Ah gente, fazer o quê, né? Quem não tem um medo absurdo de algo idiota? Faz parte...

domingo, 20 de novembro de 2011

Mae de menino

Eu e meu "menino"

Quando eu era criança, mentira, até hoje, ouço falar que “se eu demorasse cinco minutos pra nascer teria nascido menino”, tamanhas são minha delicadeza, graciosidade e feminilidade! Mas saibam que esse meu jeito meio (ou totalmente?) aparvalhado de ser me ajudou, e muito, no papel que venho desempenhando, com muuuuuito amor, há dezessete anos: ser mãe de menino.

É sério. Quando meu filho era pequeno as brincadeiras eram de carrinho, futebol, “lutinha” (e não me venham com o politicamente correto porque todo menino brinca de lutar). Aí ele cresceu um pouco e foi jogar futsal, e, eu, é claro acompanhava os treinos e jogos, dando todos os palpites possíveis e cabíveis (até que nem tão ruim pra quem já praticou arbitragem). Teve um dia que eu tentei invadir a quadra por que o árbitro deu um cartão amarelo no meu filho... imaginem a cena. E o pior é que meu filho adorava contar para os coleguinhas (na época) “que a mãe dele quase bateu no juiz do jogo”...afff!
Futsal, o esporta da infância

Aí ele cresceu mais um pouco e eu aprendi a acompanhar a tabela do brasileirão, nomes de jogadores. Ah, e tem também o vídeo game com os jogos de futebol, guitarra e, por que não, luta também. Quero deixar bem claro que eu nunca consegui aprender a manejar um controle daqueles, mas, acompanho dando “aquele” apoio moral.
Saber as regras do futebol é fundamental pra mãe de menino!

Agora ele joga basquete, cresceu demais pro futsal, e é claro que eu não perco um jogo dele. Dando todos os palpites possíveis também, gritando feito louca, chamando o árbitro de nomes não muito bonitos, vibrando com suas vitórias, consolando as derrotas e registrando tudo, obviamente.
Basquete, o esporte atual

Agora na adolescência está demais. Aprendi a ouvir rock’n roll com ele, que eu curti demais, além de ter que continuar a acompanhar a tabela do brasileirão e o vídeo game. Os trabalhos em grupo são aqui em casa normalmente, e, a regra é: meia hora de trabalho e quatro horas de bagunça... normal. O interessante é que os rapazes do grupo não se incomodam com a minha presença e falam de tudo como se eu fosse um deles mesmo, isso é que eu acho mais legal.

No momento, a moda é o MMA, e, consequentemente, o UFC, mas, sempre curti lutas, isso pra mim não é problema nenhum. Na minha adolescência eu ficava acordada até tarde só pra ver o Mike Tyson derrubar o adversário em um minuto de luta. Então, tome Anderson Silva, Shogun, Cigano, José Aldo e etc e tal. Ontem a minha casa parecia a arena do octógono, com os rapazes se juntando na sala pra assistir UFC, esperando a luta do Shogun no final, ás duas da madruga.
Tabém é fundamental saber os nomes de lutadores de UFC!

De vez em quando eu tenho surto de mulherzinha, e, como ontem tava a fim de ver uma novelinha, tive que me esconder no quarto para assistir porque a sala era para o UFC. Ah, também tô a fim de assistir ao filme Amanhecer, da saga Crepúsculo, mas, é só isso, eu juro rapazes!

Depois deste final de semana cheio de testosterona, com a Sky ligada só nos canais de futebol e lutas, eu pensei que aquele velho ditado é mais do que correto: Deus sabe o que faz.

Imaginem se eu tivesse que assistir DVDs do Justin Bieber, Restart (eca!) ou saber as novas tendências da moda, maquiagem, cabelo, ou pior, se ao invés de ler a revista Placar, eu tivesse que ler Capricho ou Gloss... putz, eu não dava conta.

Adoooro ser mãe de menino!!!


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Carona sem jeito...


Na época em que trabalhava na delegacia, estava fazendo faculdade, e, a verba era escassa, de modo que qualquer jeito de economizar estava valendo. Um deles, o mais usado, era a carona, e, o nosso motorista mais generoso era o “Seu” Zé Newton, figuraça gente boa qualquer tanto.
“Seu” Zé Newton ficava esperando chegar o horário do pessoal que saía as 11:00h pra almoçar e nos dava carona até o centro da cidade, onde ele virava o carro e parava a fim de prosear com um amigo dele. Eu era a primeira da fila porque o local onde ele virava o carro era pertinho da minha casa... moleza!!!
Um belo dia estava eu com uma blusinha nova, um modelito tricotado em rosa e branco com um capuz muito singelo, uma graça só. “Seu” Zé Newton estava de Brasília, uma que ele usava para ir à roça, e, o carro tinha um daqueles bagageiros em cima, uma belezura.
Como sempre ele esperou o pessoal das onze sair e eu, toda serelepe, quis ir na frente “já que eu ia descer primeiro”. No banco de trás foram dois amigos dele, incluindo o Chiquinho, chegado gente boa também.
Chegando no sinal de trânsito onde ele sempre parava para eu descer, mas que depressa eu dei um pulo pra fora do carro e bati a porta. O problema é que o capuz da minha blusinha nova agarrou no bagageiro da Brasília e eu só percebi quando ele arrancou o carro.
Agora imaginem a cena: uma Brasília arrancando no sinal de trânsito com uma mulher “enganchada” nela, correndo atrás e gritando “espera aí Seu Zé...”. Alguns metros depois a porta do carro abriu e uma mão me puxou pra dentro, era o Chiquinho me resgatando.



Eu caí sentada na mesmo banco em que estava antes, até roxa de nervosa, e, ”Seu” Zé deu um pulo de susto perguntando: “Que ‘cê’ tá fazendo aqui de novo menina?”. O Chiquinho, em meio a muita risada respondeu: “Ô Zé, ela tava agarrada no bagageiro e você ‘tava’ arrastando ela pela rua afora e nem viu!”.
“Seu” Zé encostou o carro no meio fio mais próximo que havia e abaixou a cabeça no volante, dando uns espasmos com o corpo. Eu fiquei preocupada pensando que o susto pudesse ter causado algum mal a ele e o cutuquei pra saber o que estava acontecendo. Quando o danado levanta a cabeça, estava até sem ar de tanto que ria e lágrimas escorriam pelos olhos dele também. O Chiquinho teve até que abanar pro ar voltar, de tanto que ele ria de mim.
O pior vocês não acreditam. No aniversário dele eu fui levada de mesa em mesa sendo apresentada para a família como “a moça que ficou ‘garrada’ no bagageiro”. Todo mundo sabia do caso e disparavam a rir da minha cara quando ele contava a versão dele!!!
Sábado desses me encontro com ele e a família num restaurante e adivinha o que ele lembrou? “Gente essa é aquela menina que ficou agarrada no bagageiro da minha Brasília”... e nova sessão de risos.
Uma peça esse “Seu” Zé, nosso Inspetor, com uma cara de bravo mas um coração de manteiga, morro de saudades dele, de vez em quando vou contar outros casos dele por aqui.
Beijão Seu Zé !!!


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

COVARDIA !!!


Hoje me aconteceu algo que eu jamais imaginava, uma pessoa criou um perfil falso para me ofender em uma das minhas redes sociais. Por mais forte que eu pareça ser, isso mexeu muito comigo porque falou de um assunto muito sério pra mim: a morte, algo que para minhas convicções não significa o fim, mas, sim uma passagem para evoluir.
Sou uma pessoa que tem inúmeros defeitos, posso ser turrona, arrogante (às vezes), teimosa, falar alto, ser “um pouco” sincera demais, barraqueira, mas, covarde e/ou falsa jamais!
Gostaria de saber o que leva uma pessoa a se esconder por trás de um falso perfil para ofender as pessoas impunemente? É claro que eu poderia tomar providências jurídicas, mandar periciar o PC, indicar a pessoa suspeita, o que demoraria meses nos trâmites da nossa justiça, para, no final, eu receber uma indenização, ou a pessoa cumprir uma pena alternativa. Mas... e daí?

E o aperto no peito que estou agüentando aos trancos e barrancos, fingindo estar bem em meu local de trabalho, quando na verdade a vontade é de gritar de raiva? Chorando eu já estou enquanto digito essas palavras, mas, a angústia não está cabendo em mim. Não é raiva da pessoa em si, mas, raiva da atitude de escrever palavras tão ofensivas e não ter coragem de se mostrar.
Não vou repetir nenhuma das palavras aqui pra vocês, de jeito nenhum, porque não vale à pena divulgar algo tão baixo, tão vil, principalmente partindo de uma pessoa adulta. Mas saibam que doeu muito, mas muito mesmo ler a mensagem numa rede social em que várias pessoas lêem o meu perfil e suas mensagens.

Gosto muito das redes socias porque não saio de casa, então é o meio que uso para me comunicar com as pessoas. Há quase três anos faço um tratamento pra ansiedade e depressão, e, as redes me ajudam muito a interagir com as pessoas sem ter que sair de casa, coisa que já estou superando dando umas saidinhas de vez em quando. Mas aí vem uma pessoa “abençoada” e me manda uma mensagem bem ofensiva.
Acho que essas fotos que encontrei na internet ilustram exatamente o que é a pessoa que fez isso comigo, não precisa de mais palavras.
Fica apenas um pedido: quando quiser falar comigo, qualquer um, pode me procurar e dizer o que quiser, a minha fase “Pit Bull” já passou, não mordo mais. Aprendi a usar a maior arma que Deus me Deu: a inteligência!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Perdas...


Todos nós, pelo menos uma vez, em alguma conversa informal já pronunciou a frase “a única coisa certa na vida é a morte”, ou, “pra morrer basta estar vivo”, ou, “nada é para sempre”, e, o mais famoso “que seja eterno enquanto dure”. Atire a primeira pedra quem nunca disse nenhuma das frases acima.
O problema é quando a perda acontece conosco. Por mais que saibamos que, por muitas vezes, a situação é irreversível, fica difícil de aceitar a parda de alguém que amamos.

Existem as várias doutrinas religiosas, com suas explicações sobre a morte: a pessoa agora está melhor do que nós, pois está perto de Deus; agora ela está no paraíso, um lugar muito bonito onde não falta nada; e, a que eu prefiro acreditar, que a pessoa não acabou por ali, mas, sim evoluiu para um plano superior onde irá se preparar para voltar e ajudar outras pessoas que precisam evoluir.
Existem ainda as explicações religiosas para outras perdas: não era o que Deus queria para você; Deus tem algo muito melhor reservado para você; foi uma etapa que você precisou passar para evoluir (também é a que eu prefiro acreditar).

Seja qual for a doutrina religiosa de quem fica, nada aplaca a dor da perda. Seguir a rotina sem ter aquela pessoa fazendo parte do dia a dia é o que mais dói, é o que mais se demora a acostumar. A quem diga que a dor chega a ser física, o que não é difícil de acreditar, pois, é como se parte de nós fosse retirada.
Almoçar e jantar sem aquela pessoa na mesa, sair sem levá-la ou dar satisfações de que hora volta, ou, ainda telefonar para dizer que está tudo bem, ver algo numa vitrine e pensar que ficaria legal naquela pessoa, ouvir sua voz nos fazendo carinhos, nos dando conselhos ou até mesmo broncas, ouvir o telefone tocar com “aquela” música especial... enfim, hábitos arraigados em nossa vida que doem quando alguém que fazia parte deles nos são retirados.

Outro dia, em conversa com um médico, ele me disse uma coisa que eu nunca parei para pensar. O luto é de um ano não é à toa, pois, é o período necessário para que passemos todas as datas comemorativas, pessoais e coletivas, sem aquela pessoa. Aí sim, estamos prontos para seguir em frente com a vida.
Parei pra refletir sobre isso e cheguei à conclusão de que é mais do que a verdade. O amor jamais se apaga, o afeto fica nas boas lembranças, a graça, permanece nos fatos passados, mas, a dor da perda, esta se vai embora e se transforma em saudade, apagando todas as lembranças ruins.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vítor

Cara de sapeca.. eu?

Me lembro que estava no “Joãozinho” com meu filho, comendo a nossa tradicional carne com batatinha, a data nem me lembro mais, talvez em janeiro ou fevereiro de 2010... sei lá. Então, aí meu telefone tocou e eu levei um susto porque era de São Paulo, meu irmão, e, raramente ele me liga durante a semana.
Atendi um pouco apreensiva mas logo passou quando notei o tom de voz dele bem alegre: “_ E aí, no boteco no meio da semana hein?”. Eu disse que tava calor e coisa e tal, etc, mas aí ele entrou no assunto: “_ Fala pro Mauro que o reinado de neto único acabou...”
Eu nem esperei ele terminar a frase, já gritei pro meu filho:”_ Sua tia tá grávida!”. Meu irmão riu do outro lado e foi aquela festa, parabéns pra cá, obrigado pra lá, conversei com minha cunhada sobre aquelas coisas tradicionais do tipo “tá passando bem” e coisa e tal.
sossegado no meu cantinho...

Levantei e falei pra todo mundo no boteco: “_ Gente, eu vou ser tia!”. Teve gente rindo, teve aplausos, e, meu filho fechou m bico enorme dizendo “_ Tem que contar pra todo mundo?”. Ah, tem sim, nunca fui tia poxa! No dia seguinte a assinatura do meu email já tinha a frase ”vou ser titia”.
Depois começaram os exames, e eu ansiosa perguntava toda semana: é menino ou menina? Até que veio a notícia: é menino. Aí comecei a espalhar a notícia: meu sobrinho é menino! Mas, como se não bastasse, o menino tinha que ter um nome, aí eu comecei a encher a paciência do meu irmão toda semana: como ele vai se chamar? Até que depois de muito suspense veio a resposta: Vítor seria o nome do meu sobrinho.

banho eu gosto muito...


É interessante quando você fica sabendo o nome. Já ficou uma pessoa pronta, com identidade, não se falava mais no neném, no sobrinho, agora era o Vítor, muito antes dele nascer. É claro que eu também espalhei a notícia pros quatro ventos: “Meu sobrinho vai se chamar Vítor”, o mundo tinha que saber!
Foi aí que numa tarde de sábado, dia 28 de agosto de 2010, eu acordei da minha sonequinha da tarde e meu pai falou: “_ Seu irmão já levou Eliane pra maternidade”. Putz, agora era de verdade, Vítor ia chegar. Não demorou meia hora pro meu irmão ligar e dizer a palavra mágica: “_Nasceu!”. Na mesma hora já tinha foto na internet pra gente poder ver a carinha dele na sala de parto ainda. E foi aquela confusão, liga pra todo mundo, coloca no email, no Orkut, no facebook, twitter...

aprendi a sentar!!!

Fiquei doida. E agora? Como eu ia ver meu sobrinho? Ele nasceu lá em São Paulo! Mas aí veio o feriadão de 7 de setembro e eu e meu filho fizemos as malas zarpando pra São Paulo conhecer o Vítor.
Não sei descrever o que eu senti quando segurei aquele embrulhinho de gente no colo pela primeira vez, foi algo indescritível. As pessoas dizem que recém nascido não se parece com ninguém, mas, é mentira, meu sobrinho nasceu lindo e já tinha traços da família da mãe e o bocão do pai (nossa marca registrada).

Sem que você perceba o tempo passa e coisas novas vão surgindo. Voltei lá no feriadão da semana santa e já encontrei o Vítor dando sonoras gargalhadas, rolando pelo chão, se virando pra pegar os brinquedos que queria e tentando subir no sofá. Já comendo, escolhendo o que gostava ou não, essa parte é f... pra mãe, haja malabarismo.
faço bico se for contrariado!

No dia do meu aniversário, qual a minha surpresa quando recebi uma caneca com a foto dele, linda, escrito “Parabéns Tia Andréa, eu te amo”. É demais pro coração...
Agora, não é que o atrevidinho já anda pra lá e pra cá sozinho, fala e já sabe o que quer? Sabe o que quer comer, a hora que quer sair, ou não, cheio de personalidade, achando que é gente mesmo! E a mamãe passando altos apertos para colocar limites na sua personalidade, que, cá entre nós, se puxar o pai... sem comentários.
não como qualquer coisa...

Dia 28 de agosto, se Deus quiser, estaremos de malas prontas para comemorar o primeiro aniversário do mais novo integrante da nossa família, que chegou super de bem com a vida e cheio de saúde e energia (ufa) pra nos alegrar.
Sei que você ainda não entende Vítor, mas a tia te ama muuuuuuito!


já tô andando galera, agora ninguém me segura!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Meu vício !

Meu vício !!!

Já que uso este espaço pra falar das minhas muitas paixões e loucuras do dia a dia, por que não do meu vício maior: LER, LER e LER.
Eu leio compulsivamente. Acho que no post das “viagens de carnaval” deu pra vocês perceberem um pouco da minha compulsão pelos livros. Se eu estiver dentro de casa, estou com um livro na mão. Adoro sentir o cheirinho do livro quando abro o plástico da embalagem... é mais forte do que eu. Eu chego ao ponto de comprar mais livros do que posso ler com medo de acabar de ler algum e não ter outro pra começar. Sim, eu faço uma fila de prioridades nos meus livros à medida que vou comprando.
Não sou muito fã de romances “tipo” Best Sellers, mas se o livro está comentado demais eu acabo comprando e lendo, nem que seja pra falar mal depois. Tenho que confessar uma coisa pra vocês: tenho alguns preconceitos literários. Existe “um certo” autor de romances que metade da lista dos “dez mais vendidos” é de livros dele, mas eu não leio nem por decreto.
Best Sellers só de vez em quando...

Sou fã demais dos livros de terror e suspense, passei a minha adolescência lendo Stephen King e agora já leio os do filho dele, o Joe Hill, que, por sinal, puxou o talento do pai. Mas no Brasil tem gente boa pra caramba nessa área, já ouviram falar de André Vianco e Nelson Magrini? Pois deveriam, os caras são feras demais no terror e suspense!
Esses eu gosto demais: mestres do terror !

Os livros de tramas jurídicas são totalmente demais também, e, o meu autor absoluto é John Grisham. Alguém aí já assistiu aos filmes “Dossiê Pelicano”, “A Firma”, “O Cliente”, são todos livros dele. Além de escritor ele é advogado, então, o cara escreve com conhecimento de causa, o que deixa as tramas bem amarradas e sem nenhuma “besteira” como ocorre quando alguém que não entende do assunto resolve escrever.
Trama jurídica? Esse é o cara.

Ah... e as biografias? Saber da vida de pessoas que realmente fizeram a diferença é um prazer incomparável dentro da literatura. Já perdi a conta de quantas biografias eu li, mas, o interessante, é que as duas que mais marcaram são consideradas de ideologias religiosas totalmente opostas: a vida de Chico Xavier e a saga do Apóstolo Paulo. São exemplos de vidas de duas pessoas muito especiais que se deram ao máximo com o único intuito de fazer o bem.
Apóstolo Paulo e Chico Xavier: fizeram a diferença.

Tá, agora vem o momento confissão: eu leio livro de “menina” também. Sabe aqueles derivados da série Crepúsculo (que eu li toda)? Na mesma linha vieram Fallen, Sussurro, Cidade dos Ossos, Halo... e por aí vai. Tem hora que eu quero ler simplesmente pra relaxar, sem ter que colocar o cérebro pra funcionar, sabe? E estes livros são pura diversão, pronto, contei !
Livro de menina eu leio também...

Recentemente foi instalada uma estante no meu quarto porque meu pai não agüentava mais ver meus livros ocupando espaço pela casa toda. Depois de muita espera ela foi montada no dia 13/05/11, mas caiu no dia 14... é sério! Ainda bem que estava vazia, já pensou se “machuca” algum livro meu? Bem, anteontem, 19/05, na hora em que eu saí pra trabalhar o pessoal estava lá em casa resolvendo o estrago, acho que finalmente meus livrinhos vão ter a casinha deles bem legal, e, eu, vou dormir sentindo o cheirinho deles.
Eu e minha estante, felizes um com o outro !

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tia Fátima

Estive um pouco longe dos teclados por motivo de saúde, mas, agora, meio como um Tiranossauro Rex, tive que voltar a digitar por uma inspiração muito forte: a passagem de uma pessoa muito querida, que foi morar com Papai do Céu.
Eu e Tia Fátima, simplesmente.

Sabe aquela tia que quando você é criança gosta de ir pra casa dela brincar, sem ter explicação pra isso? Na época eu não sabia, mas o nome disso é EMPATIA, ou sintonia, ou anjos da guarda que se gostaram... chamem como quiser.
Aí, ela teve uma filha que colocou o nome de Fernanda. Nooossa, eu quase morri de ciúmes porque esse é o nome do meu pai, e, na época eu achei injusto “porque nem a filha dele chamava Fernanda...”. Mas ela, como sempre levou tudo numa boa e eu acabei entrando na disputa pra carregar a Fernanda no colo também, sendo que hoje somos grandes amigas. Como o tempo passa...
Fernanda, antes objeto do meu ciúmes, hoje, grande amiga !!!

Na adolescência, com toda aquela chatice (putz, como adolescente é mala !), ela sempre estava disposta a ouvir e dar conselhos, fazer brincadeiras. Me levava pra filar bóia na casa dela se meus pais não estivessem em casa e fazia questão que eu ficasse por lá, pra não ficar sozinha em casa.
Ainda na adolescência, veio uma notícia: uma das primas estava grávida, e, a avó da criança era irmã da tia e falecida há muitos anos. Sem pensar duas vezes ela levou a sobrinha pra casa dela quando o bebê nasceu e cuidou dela durante todo o resguardo, com todo carinho e paciência de mãezona.
Rodeada pelos filhos e noras... pra variar !

Ainda na minha adolescência, outra notícia: a separação da tia. Com três filhos pra criar, arregaçou as mangas e foi à luta. Trabalhou duro, de sol a sol, fazendo três turnos em portaria de hotel. Depois veio o concurso da Prefeitura, que eu insisti muito pra que ela fizesse, e, ela não colocava fé nenhuma em seu potencial, mas, foi chamada a ocupar a sua vaga como servidora municipal efetiva.
Confraternizando com a gente em festa da Prefeitura

Enfim cheguei à fase adulta e a tia virou amiga, além de colega de prefeitura. Ríamos muito dos “casos” internos, popularmente chamados de fofoca, tirávamos dúvidas uma com a outra, cada uma do seu setor.
Os ouvidos estavam sempre à disposição para uma confidência, nisso ela era boa mesmo, jamais traía um segredo. Tinha sempre uma palavra amiga ou até mesmo uma zoação na ponta da língua. E como era festeira, já fizemos muita bagunça em festas da família e da prefeitura. O seu alto astral irradiava e estava sempre rodeada de amigos onde quer que fosse.
Festa de formatura de... nem lembro, era festa !

Essa era Tia Fátima.
Era perfeita então? Não. Mas alguém é? Não.
Deus a quis levar para morar no céu e eu aposto que ela já está dando um up grade por lá, contagiando a todos com sua alegria !
Em meio aos irmãos, na festa da família

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rock de filho pra mãe, nada mais importa.


Mauro, meu iniciador no rock

 
Com o crescimento do meu filho, e, sua chegada à adolescência, fui apresentada ao mundo do rock & roll e digo uma coisa: A D O R E I !!! Passamos a curtir juntos muitas bandas legais, mas, é claro que alguma só ele gosta porque eu acho um pouco "pesado" pra mim... rs rs rs
A minha banda preferida é o Metallica, sem sombra de dúvida, e, inclusive estou ouvindo-a enquanto digito este texto no finalzinho do meu expediente corrido. A voz do James e a energia da banda meio que me hipnotizam... é uma coisa inexplicável, sabem?
Nossos planos, meu e do meu filho, era de ir ao Rock in Rio justamente no dia do show desta banda, mas, coincidiu com o calendário de provas dele, paciência, né? Mas ainda vamos em, pelo menos, um show de rock este ano, é questão de honra pra mim !!!
Uma coisa que eu acho engraçada é que nós, fãs de rock, ficamos zoando os adeptos de outras modalidades musicais, achando-as bregas por falarem de amor, etc e tal, mas, hoje, eu resolvi pesquisar a tradução da minha música favorita do Metallica, “Nothing Else Matters”, e, adivinha do que ela fala? Vejam por vocês mesmos:
James, dono de voz e personalidades marcantes

Nothing Else Matters
Nada mais importa
Tão perto, não importa quão longe
Não poderia ser muito mais vindo do coração,
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa
Nunca me abri desse jeito,
As vidas são nossas nós vivemos do nosso jeito,
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada mais importa
Confiança eu procuro e acho em você
Todos os dias para nós algo novo
Mente aberta para uma nova visão
E nada mais importa
Nunca me importei pelo o que eles fazem
Nunca me importei pelo o que eles sabem
Mas eu sei
Tão perto, não importa quão longe
Não poderia ser muito mas vindo do coração,
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa
Nunca me importei pelo o que eles fazem
Nunca me importei pelo o que eles sabem
Mas eu sei
Nunca me abri desse jeito,
As vidas são nossas nós vivemos do nosso jeito,
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada mais importa
Confiança eu procuro e acho em você
Todos os dias para nós algo novo
Mente aberta para uma nova visão
E nada mais importa
Nunca me importei pelo o que eles dizem
Nunca me importei pelos jogos que eles jogam
Eu nunca me importei pelo o que eles fazem
Eu nunca me importei pelo o que eles sabem
E eu sei...!Yeah!!!
Tão perto, não importa quão longe
Não poderia ser muito mais vindo do coração,
Sempre confiando em quem nós somos
E nada mais importa

Existe uma corrente de fãs que afirmam que esta música foi composta quando o avô de James faleceu, e, esta teria sido sua última frase: "Nada mais importa...". Já existe uma outra corrente de fãs que dizem ter sido sua composição para uma namorada que tinha na época. Mas, seja lá qual for a corrente dominante, o motivo é o mesmo: o amor, e, por ele, nada mais importa.

Por tudo isso, este post é em homenagem a você meu filhão, por quem nada mais importa neste mundo.
Mas sem esquecer uma coisa: é rock & roll na veia !!!


Mauro, na Galeria do Rock, em SP


terça-feira, 19 de abril de 2011

Estagiários...


Responda-me quem estiver lendo agora: _ quem nunca teve, ou, foi um estagiário na sua vida profissional?
Sim, estou falando deste ser que cursa faculdade, ou até curso técnico, que chega no seu trabalho com uma cartinha de apresentação, um belo sorriso no rosto e muita disposição “para aprender e fazer o melhor possível pelo desenvolvimento do setor (ou departamento) da melhor maneira possível, empreendendo todos os esforços necessários para tal”. Sim, é desta pessoa que estou falando.
Vou me dar ao luxo de incluir nesta categoria os menores-aprendizes, que participam do meu cotidiano profissional tanto quanto os estagiários. Portanto, toda vez que eu disser/ escrever “estagiário”, os menores aprendizes estão incluídos, ok?
Pude perceber que eles, os estagiários, se classificam em diversos tipos. Apesar de pouco tempo em de coordenação de equipe, cerca de dois anos e meio, pude catalogar e diferenciar os vários tipos que já passaram por mim. Vejamos então, lembrando que trabalho na área jurídica, e, vou me arremeter ao meu campo, mas, fiquem livres para fazer suas adaptações, cada um à sua área.
Tem o estagiário “certinho”, aquele que no primeiro dia já chega ao início do horário do expediente, pronto para trabalhar, de roupa social, pastinha de baixo do braço, cabelo penteado (normalmente engomado) e com vários  artigos sobre o assunto na ponta da língua... que medo !
O estagiário “puxa-saco” pode ser facilmente confundido com o tipo acima descrito, mas, cuidado, apesar das aparências, essa espécie é do tipo falso. Daqueles que quando você chama a atenção por algum erro, ele diz “muito obrigado, isso só vai aumentar meu conhecimento”, mas com um sorriso amarelo que quer dizer “seu FDP, ainda pego seu lugar!”.  
Já o tipo “distraído” é aquele que você gasta sua saliva por cerca de meia hora explicando a fundamentação legal de um procedimento quando, de repente, ele pergunta: “Será que vai chover?”. Este aí dá um trabalho danado porque costuma ser uma pessoa boa praça, daqueles que não fazem mal a ninguém, aí dá uma peninha de chamar a atenção.
Mas, todo cuidado é pouco, porque, o tipo acima pode virar um “enrolado”. É, de tanto você deixar pra lá os errinhos da pessoa ela vai se acostumando e acaba ficando um tremendo “171”, que vai “no vácuo” de algum colega, ou, se não tiver colega, faz aquela carinha de bonzinho na hora em que você for chamar a atenção, para, mais uma vez, deixar para lá.
O estagiário do tipo “dedicado” é uma espécie dificílima de encontrar no mercado. É aquele que está ali realmente querendo aprender alguma coisa, pesquisa suas dúvidas e já chega com respostas prontas. Discute os erros quando é chamado a atenção, se for pra defender um ponto de vista, e, acaba virando um parceiro no trabalho.
O problema se você não souber manter a distância exata é que ele pode virar um monstro, o tipo “vaidoso”. Você foi demonstrando tanta admiração e dando tanta credibilidade que ele foi crescendo, tomando espaço e o controle da situação foi perdido. Ele passa a te “avisar” em vez de “pedir”, e, costuma se passar por você na sua falta.
Vou encerrar com o tipo “atrapalhado”, que é aquele que você manda tirar cópia de um processo e no meio do caminho ele tropeça misturando as páginas. Ele troca nomes de clientes e empresas na hora de atender, acha que sabe do caso e acaba fazendo uma confusão danada. Ele tropeça no fio do seu estabilizador e desliga o seu PC na hora em que você está terminando de digitar um documento importante que esqueceu de salvar.
Enfim, eu poderia ficar aqui horas, ou linhas, a fio falando sobre os estagiários, mas não é essa a intenção, senão fica muito chato. A idéia deste texto me bateu hoje, do nada, na sala de espera do médico, enquanto eu pensava: ”nossa, em dois anos e meio já passaram tantos estagiários por mim e a maioria eu nem sequer sei por ande anda... vou escrever sobre isso”, simples assim.
Eu não quis escrever sobre os meus estagiários especificamente porque juízo de valor é uma coisa muito pessoal, e, algo que pra mim pode soar como uma brincadeira pode ofender a outra parte.
O importante é que também fui uma estagiária, talvez a “atrapalhada” (me lembro que já quebrei um telefone do meu chefe e já derrubei uma caixa de mil clipes no chão da sala dele também), mas, aprendi muito como profissional e como pessoa porque meu chefe sempre me cobrou que eu fizesse o que era da minha profissão, nada de se aproveitar pra pedir cafezinho, água, etc.
 No meu pouco tempo como “chefe”, tenho como regra que um estagiário não vai exercer nenhuma função que não seja atribuída à sua carreira, e, sempre que um novato senta-se à minha frente com sua carta de apresentação tremendo nas mãos eu digo “eu não faço questão de mais nada além de que você saia daqui dizendo que aprendeu alguma coisa”.
Mil beijos e abraços a todos os meus ex-estagiários e menores aprendizes, espero ter feito alguma diferença na vida de vocês.