Todo mundo tem seu ponto fraco e eu confesso o meu: insetos, principalmente as baratas. Sei que já escrevi aqui sobre ser mulher forte, trabalhadora, mãe de menino, mas, morro de medo de insetos.
Certa vez, quando eu prestava serviços na Delegacia, estava com uma cara de brava atendendo a um PM que levava um cidadão “meio embriagado”, quando entrou uma mariposa voando dentro da minha sala. Nossa, foi uma confusão danada. A cada rasante que o bicho dava, era um grito meu, que a essa altura já estava abaixada e me escondendo no vão da minha mesa.
O Sargento dava uns pulos tentando pegar a mariposa, e, por fim, até o rapaz conduzido dava seus pulinhos tentando pegar o bicho para que eu parasse de gritar. Por fim eu saí da sala e fiquei no corredor dizendo que “só entrava na sala de novo quando o bicho estivesse morto”. Minutos depois o Sargento saiu vitorioso carregando “o corpo” e depositando no lixo, para que eu pudesse voltar e continuar o meu trabalho. Nem preciso dizer que fui zoada por muito tempo por causa do episódio da mariposa. Mas eu juro que ela era enorme, gigante mesmo!
Lá em casa quando aparece qualquer desses seres eu só grito pelo meu pai o meu filho, e, qualquer um deles sabe que eu não saio do lugar enquanto alguém não resolver “o problema”.
Tive a inspiração para este post porque hoje, quando cheguei pra trabalhar, me deparei com uma barata enorme no chão da sala. Ela estava de perninhas para cima, imóvel, mas, experiente como sou, aprendi que as baratas são muito fingidas, ficam quietas esperando a gente chegar perto para nos atacar. Logo pedi socorro pelo Facebook, para ver se tinha alguma alma caridosa aqui por perto que pudesse vir me ajudar, mas, nada.
Fiquei quietinha na minha cadeira, só observando, quando, de repente, ela começou a mexer as perninhas, eu sabia! Foi questão de minutos para que a danada se virasse e ficasse me encarando, com aquela cara de vilã de novela das nove, sabendo que eu estava com medo dela. Postei novo pedido de socorro no Facebook e nada, não apareceu ninguém. Então, num súbito momento de coragem, eu peguei um monte de papelão (guardado pra reciclagem) e joguei em cima dela, voltando correndo pra minha cadeira.
Mas nem tudo estava perdido. Eis que a minha colega de trabalho chega, e, antes mesmo de dar bom dia eu grito: “_ Tem uma barata ali embaixo, socorro!”. Minha colega, com toda a paciência que Deus lhe deu, retirou o monte de papelão, pegou uma pá de lixo e a removeu, sem maiores problemas. Depois olhou pra mim e disse:”_Bom dia Andréa, ela já está no lixo, tá?”.
Ah gente, fazer o quê, né? Quem não tem um medo absurdo de algo idiota? Faz parte...